Ter uma piscina em casa significa diversão e ótimos momentos em família. Contudo, também implica em manutenção periódica e cuidados essenciais para garantir a segurança e o bem-estar de todos.
E uma das dúvidas mais frequentes é sobre como escolher o revestimento para piscina; afinal, vários critérios devem ser levados em conta.
Como escolher o revestimento para piscina?
A composição química da água é um dos fatores que devem ser analisados — pois determinados minerais encontrados nela reagem com a argamassa e o rejuntamento, dissolvendo-os em pouco tempo. Além disso, alguns produtos de limpeza usados na higienização da área e certos tratamentos químicos também prejudicam a vida útil dos revestimentos.
Outro aspecto é a superfície do revestimento, que não deve ser porosa, mas sim mais áspera ou rugosa, proporcionando, assim, mais resistência a escorregamentos e quedas — especialmente de crianças e idosos, que são os grupos mais propensos a se acidentarem.
Afinal, tanto no lado externo quanto interno da piscina, os deslizamentos podem ser constantes se há ausência de atrito entre o piso e o pé, principalmente em superfícies lisas em contato constante com a água. Por isso, dê preferência às peças com coeficiente mínimo de atrito igual ou superior a 0,4.
Também é importante avaliar a capacidade de absorção de água pelo revestimento, que pode provocar a sua expansão, e sua resistência aos raios ultravioletas, que podem influenciar em seu desgaste e no aumento da temperatura da água.
O cuidado com possíveis reparos no revestimento é mais um critério a se levar em consideração. Eventuais trincas, rachaduras ou danificações na estrutura do material podem ocasionar o desprendimento de peças pequenas e provocar cortes e machucados em quem estiver na piscina.
A seguir, listamos os principais tipos de revestimentos para que você fique por dentro das opções mais procuradas no mercado e quais são suas principais diferenças. Confira!
1. Azulejo
O azulejo é um dos revestimentos mais tradicionais e mais vendidos para piscinas, devido ao seu baixo custo e à diversidade de formatos e cores, além da aplicação semelhante à realizada em outras áreas da residência, como o banheiro, lavanderia ou cozinha.
E isso também reflete no custo da contratação de mão de obra, que fica mais barata. Outro fator que o faz muito popular é o seu uso na montagem de mosaicos, desenhos ou gravuras no fundo da área da piscina.
Porém, antes de escolher o modelo de azulejo, é importante fazer uma pesquisa prévia. Isso porque, dependendo da cor escolhida, a água pode mudar de tonalidade ficando azulada ou mesmo esverdeada. Outro ponto importante é que o contato prolongado com a umidade escurece os rejuntes e tira, aos poucos, o tom real dos azulejos.
2. Pastilha de vidro
A pastilha de vidro é outro material que pode ser usado como revestimento, embora seu custo seja mais elevado que o da cerâmica e do azulejo e sua instalação um pouco mais demorada. Isso porque há risco das pequenas peças se soltarem ao longo do tempo e as placas ficarem filmadas, ou seja, aparecerem por trás do revestimento na superfície.
Por outro lado, as pastilhas são de fácil limpeza e não demandam produtos especializados para a sua higienização. Além disso, seu uso não é prejudicado pelas curvas da piscina, o que permite que elas acompanhem o seu desenho.
3. Pedras
O uso de pedras decorativas é menos comum do que os outros revestimentos, mas é uma opção para quem busca originalidade e quer sair daquele visual "manjado" das piscinas mais convencionais.
Entre as versões mais comuns, estão as pedras vulcânicas, como a hijau. Ela tem um aspecto liso, não absorve calor, é mais porosa e, portanto, naturalmente antiderrapante — e ainda deixa o tom da água próximo ao do mar.
Outro modelo também recorrente para os projetos de revestimento com pedra é a mineira, porém costuma deixar a aparência da piscina diferente, com uma tonalidade mais amarelada; tal qual a da pedra em si.
No entanto, apesar do apelo estético e demais qualidades, as pedras acumulam mais sujeira devido, justamente, à sua porosidade — o que requer mão de obra especializada para o serviço.
4. Cerâmica
Outra opção bastante comum para o revestimento interno das piscinas é o uso de cerâmicas. Afinal, elas são mais resistentes aos produtos químicos usados, aos raios UV, à abrasão e também à movimentação da estrutura da piscina.
Tudo isso as torna muito mais duráveis e resistentes, além de um custo-benefício mais atraente, já que seu valor é inferior às pedras ou pastilhas de vidro, por exemplo. Não à toa, esse é o material mais usado em piscinas públicas e de academias.
A diversidade de modelos, tamanhos e cores é outro diferencial para quem também está preocupado com o aspecto estético. Afinal, o revestimento pode ser fosco, rústico ou esmaltado, permitindo que você diversifique e crie composições diferentes.
Além disso, as argamassas de assentamento são mais flexíveis, e tanto elas quanto o rejunte são imunes ao surgimento de fungos e não acumulam tanta sujeira.
5. Vinílicos
Uma alternativa para quem não deseja aplicar cerâmicas ou azulejos é a construção convencional da piscina e, em seguida, a aplicação do vinil sobre o concreto. Afinal, com o revestimento vinílico também é possível reproduzir ou criar desenhos personalizados.
Mas um dos principais motivos para essa ser a sua escolha é que trata-se de um processo mais rápido e barato que o tradicional, já que o vinil é impermeabilizante e ajuda a reduzir uma das etapas da construção da piscina.
Os revestimentos vinílicos criam um aspecto visual mais uniforme, dispensam rejunte e ainda facilitam a limpeza. Contudo, se houver a necessidade de manutenção, será necessário contratar uma empresa especializada para fazer reparos e evitar acidentes.
Escolher o revestimento para piscina requer atenção não apenas ao aspecto estético, como você leu ao longo deste texto, mas a uma combinação de fatores que garantirão a segurança do seu projeto, o bem-estar físico de quem entrar na água e bons mergulhos para toda a sua família.