Os clientes são cada vez mais exigentes e, evidentemente, querem controlar cada detalhe do projeto e acabamento da área da piscina. Tradicionalmente feitos em madeira, os decks também podem ser encontrados na versão PVC, um tipo de plástico que oferece resistência e durabilidade à área de lazer. Ambas as opções vêm dividindo espaço em um mercado que não para de crescer.
Há arquitetos e especialistas que apontam o deck de PVC como uma opção mais sustentável, por não ser consequência de desmatamento. Na contramão estão aqueles que defendem a madeira como a melhor opção para o meio ambiente, por não agravar o efeito estufa, já que o plantio de árvores para este fim, se feito de forma correta, ajuda inclusive a fixar o carbono na atmosfera durante seu crescimento.
Cada tipo de revestimento tem suas propriedades e são capazes de provocar efeitos determinados no ambiente. Veja as características de cada material e decida qual a melhor opção para você.
Leia mais: Deck para piscinas: veja as tendências mais atuais
Vantagens, durabilidade e manutenção do deck
Em espaços abertos de clima quente, por exemplo, a madeira pode funcionar como sombreador. Entretanto, esse tipo de material necessita de ventilação e não pode estar tão próximo ao chão, já que a retenção de água poderia gerar o apodrecimento da mesma. Nesse caso seria necessário o uso de recursos como telha metálica ou concreto.
Outro fator que os adeptos da madeira para o deck devem considerar é a necessidade de constante manutenção, fundamental para evitar empenamentos, descoloração e desgaste com a intempérie. Os materiais sintéticos que imitam a madeira, como é o caso do PVC, vendem exatamente por minimizar a manutenção.
O PVC também atrai por sua durabilidade, superior a outros materiais. Seria uma opção de revestimento ideal para áreas molhadas, por sua característica antiderrapante (com frisos). Assim como a madeira, esse tipo de revestimento está disponível em diferentes tonalidades e texturas. A superfície de PVC não esquenta com a exposição aos raios solares e pode ser recortada para fazer curvas ou encontros em ângulos de 45º, por exemplo.
A limpeza do deck de PVC seria outro destaque, por ser um processo fácil, devendo ser feita com detergente neutro e água. Quanto à durabilidade, a madeira por sua vez poderia durar de 10 a 30 anos, dependendo das condições climáticas. A diferença de custo entre essa e o PVC poderia ser fator decisivo, já que o último é um recurso mais caro que a maioria das madeiras disponíveis para revestimento.
Quanto custaria um deck para piscinas?
De acordo com a Simétrica Piscinas, metade dos decks confeccionados pela empresa são de madeira ecológica. Os demais estariam divididos entre madeira, piso porcelanato, piso térmico e pedra natural. A primeira opção custa em média R$ 230 o metro quadrado, sendo a pedra natural a opção mais barata, em média R$ 80 o metro quadrado.
"A madeira ecológica tem sido a mais buscada por ter uma durabilidade maior e manutenção zero. Madeira de lei como Pau Darco e Camarú requerem uma manutenção de 6 a 6 meses para garantir a resistência ao sol. As vendas vão bem e experimentamos um aumento de 30% quando se aproximam os meses de outubro, novembro, dezembro".
A Tecniágua Piscinas destaca que muitos clientes não contratam um deck completo, apenas fazem um acabamento de um lado da piscina ou próximo ao spa.
"Mas quem faz fica bonito, porém exige manutenção periódica."
A empresa trabalha com madeira de Itaúba ou pinus e também com pedra cimentícia imitando madeira. A opção mais procurada quando se trata de deck é a madeira natural, mas sempre existe a manutenção.
"Se a madeira não estiver bem seca, ela pode rachar com o tempo, necessitando substituição."
Outras opções para o deck
Também é possível encontrar empresas que trabalham com o bambu, a madeira ecológica e a WPC. No caso do bambu, o impacto ambiental é menor que a madeira (cresce muito mais rápido e se reproduz sem necessidade de replantio) e, devido à grande quantidade de fibra que contém, torna-se uma opção altamente resistente. Para evitar uma superfície escorregadia, existe a possibilidade de fazer frisos no revestimento.
A madeira plástica (WPC) seria um composto de 10% de serragem de madeira e 90% de plástico reciclado, originando uma superfície rugosa, antiderrapante, própria para áreas externas. O custo seria similar ao da madeira ecológica (100% plástico ou plástico com fibras naturais recicladas, como o algodão). A aparência desses materiais seria mais próxima à madeira natural.
Fotos (ordem de aparição): Tecniágua Piscinas, deckdesignideas (Flickr) e Totallgreen